quinta-feira, 21 de junho de 2012

MMA cresce com ajuda da mídia

A junção de todas as artes marciais em uma única luta resultou no MMA - mixed martial arts, luta parecida com o antigo “Vale-tudo”, mas com regras e enfoque diferentes. A modalidade, que para muitos não pode ser considerada um esporte, tem atraído atletas e fãs por todo o mundo. Surgiu no início da década de 90, especificamente no Japão, porém, com a publicidade americana, se espalhou por todos os continentes.




A principal empresa organizadora do evento esportivo é a norte-americana “UFC”, comprada pelos irmãos Fertitta, em 2002, por dois milhões de dólares, e hoje é avaliada em dois bilhões de dólares, revela um estudo da revista americana forbes, publicado no início deste ano. Seu crescimento econômico está relacionado com a superexposição na mídia, e a relação publicitária da empresa com seus atletas, conclui a pesquisa.


Segundo a socióloga Marilda Costa, professora da Universidade de Sorocaba (Uniso), o capitalismo já se instaurou nessa nova “febre midiática”. Ela explica que nesses espetáculos há um amplo circuito de instituições e pessoas que podem ganhar e lucrar com a atividade. São diversos produtos esportivos que atletas e pessoas que seguem o MMA podem comprar para entrar na moda esportiva.

No Brasil, os clubes de futebol estão fazendo parcerias com o MMA. O Corinthians, recentemente, assinou contrato com Anderson Silva, principal atleta da categoria peso-médio. Silva terá que usar o uniforme do clube em todas as entrevistas coletivas relacionadas à sua carreira.


A modalidade também cresce no público feminino, segundo o técnico de Jiu-jitsu Herman Guitierrez, que dirige uma equipe de lutadores em Sorocaba. Para Gutierrez, as mulheres tem toda a capacidade de praticar o esporte, desde que, conheça os conceitos básicos das artes marciais para um melhor aproveitamento dos golpes.

Sobre o porquê de tanta procura do público para assistir o espetáculo, à socióloga fez uma analogia com os gladiadores da Roma antiga, quando as pessoas ficavam entusiasmadas com a violência de quem estava lutando. “Nesse sentido se estabelece uma comunicação em nível simbólico com a plateia. Onde quem assiste não pode sair realizando, porque obedecemos na maioria das situações, as normas sociais, que regem o comportamento humano”.

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